sexta-feira, 4 de maio de 2012
Informática educativa
Anotação aluno:
Informática educativa
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O objetivo da informática educativa é utilizar o computador como recurso
didático para as práticas pedagógicas nos diversos componentes
curriculares, incentivando a descoberta tanto do aluno quanto do
professor e preocupando-se com "quando", "por que" e "como" usar a
informática para que a mesma contribua efetivamente para a construção do
conhecimento.
Embora muitas escolas possuam essas tecnologias disponíveis, as mesmas
não são utilizadas como deveriam, ficando muitas vezes trancadas em
salas isoladas longe do manuseio de alunos e professores. Esta parceria
entre educação e tecnologia é muito dificil de ser efetivada. No que se
refere a tecnologia digitais, principalmente, os professores mais
conservadores tem dificuldade de interação. Eles já admitem utilizar o
computador e a internet para preparar suas aulas,mas não conseguem ainda
utilizar os mesmos na sua atividades em sala de aula, como instrumento
pedagógico.
Alguns professores ainda temem o uso da informática como recurso
pedagógico na educação. Ou por medo do novo, ou por ver a informática
como algo difícil para trabalhar. É comum encontrar alunos que conhecem
mais o computador do que os seus próprios professores. Contudo, o
computador não veio para dificultar a vida das pessoas, mas sim para
ajudar e facilitar muitas atividades que seriam difíceis de serem
realizadas sem a informática, como organização de notas dos alunos em
planilha eletrônica, produção e correção de trabalho, educação à
distância, interatividade no aprendizado, envio arquivos digitais
instantâneo entre outros.
Oferecer recursos aos professores para facilitar a gestão da educação
pode ter bons retornos no futuro. Sabe-se que o desenvolvimento da
educação é um investimento ao longo prazo. É preciso investir na
capacitação dos alunos, mas é importante encontrar meios que atraiam a
vontade do aluno em querer aprender e freqüentar a escola.
Exemplo do Auxílio da informática como recurso pedagógico na educação.
Para que se implemente uma política eficiente de ensino especializado em
informática, não basta saber utilizar bem as ferramentas. É desejável
que gestores e professores tenham um planejamento consistente e
objetivos bem definidos a fim de se alcançar resultados adequados.
Naturalmente, a formação em Informática educativa pode colaborar muito
nesse sentido.
É importante que os agentes de ensino definam atividades em que os
alunos utilizem o computador como recurso didático e pedagógico. As
aulas devem ser planejadas antes que sejam aplicadas em ambiente
computacional. Nesse contexto, a abordagem contrucionista - em que o
aluno constrói algo utilizando o computador como meio - tem sido
utilizada com grande sucesso.[1]
Entre outros cuidados, é necessário, quando se programa uma atividade
para o ensino da informática, que os objetivos a serem atingidos sejam
expostos aos alunos. A elaboração das atividades deve considerar como
atingir os resultados almejados, quão significativa será a aprendizagem
proporcionada pela situação a ser criada e se os recursos a serem
utilizados são os mais adequados.
…organizações muito competitivas ou que apresentam um elevado grau
de isolamento entre os funcionários terão mais dificuldades de criar um
ambiente de troca. O perfil normalmente realizado de forma individual em
sua sala de aula dificulta muito a criação de uma cultura de
colaboração, o que faz surgir a necessidade da gestão propiciar momentos
de troca de experiências entre os professores (e os funcionários). Nos
casos em que esta cultura já esteja instaurada na escola, fica muito
mais fácil a implementação do sistema de organização e disseminação de
informações. (VIEIRA 2002, p. 37).
Porém, mais importante do que as técnicas e o planejamento, é a postura
do educador que mais influenciará o resultado do processo de ensino e
aprendizagem. Sobre isso, vale a pena citar o professor José Manuel
Moran, da ECA-USP:
Faremos com as tecnologias mais avançadas o mesmo que fazemos
conosco, com os outros, com a vida. Se somos pessoas abertas, as
utilizaremos para comunicarmos mais, para interagir melhor. Se somos
pessoas fechadas, desconfiadas, utilizaremos as tecnologias de forma
defensiva, superficial. Se somos pessoas abertas, sensíveis, humanas,
que valorizam mais a busca que o resultado pronto, o estímulo que a
repreensão, o apoio que a crítica, capazes de estabelecer formas
democráticas de pesquisa e comunicação. Então somos verdadeiros
Educadores.[2]
O fato de ter uma sala com computadores não significa necessariamente
ter informatização do ensino, como não basta papel e caneta para se
escrever um bom texto. Primeiramente é preciso que exista um
planejamento, o qual indicará os passos a serem seguidos. A
informatização do ensino, não pode ser vista como solução para todos os
problemas e nem fazer alusão de que todas as dificuldades relacionadas
ao ensino-aprendizagem estarão sanadas, mas não podemos medir esforços
para utilizar tudo o que possa contribuir para sua melhoria.
Porém para que neste ambiente virtual gigantesco o objetivo central não
se perca é preciso que o educador seja um mediador e oriente o educando.
Assim como na vida real a virtual também apresenta opções e caminhos
que nos levam à fins diversos e é aí que o educador deve intervir, de
maneira a contribuir para o desenvolvimento de valores pessoais e
sociais levando a construção de uma consciência critica. Tendo por
finalidade a formação de cidadãos capazes de avaliar suas atitudes e
escolhas, como também o mundo em que vivem.
A informática pode ser incorporada em todos as modalidades educacionais.
Uma dessas modalidades é a Educação Infantil. Baseando-se na
epistemologia genética de Piaget pode-se concluir que a introdução da
informática para as crianças pode ser favorável ao desenvolvimento. Essa
teoria de Piaget afirma que no Período Simbólico, que vai dos dois aos
quatro anos de idade, a criança é capaz de criar imagens mentais que
substituem o objeto real, e que, no Período Intuitivo - que vai até os
sete anos - a criança tenta decifrar o porque dos acontecimentos.
Analisando as características de tais períodos podemos afirmar que o
computador é um bom recurso às crianças dessa faixa etária.
O computador pode ser utilizado como um recurso tecnológico que
desenvolva o raciocínio infantil, visto que, é uma excelente forma,
tanto de mostar imagens, como de demonstrar às crianças como os
acontecimentos ocorrem. O computador também desperta um súbito interesse
em relação a conteúdos além da matéria que lhe foi exposta em sala de
aula. É um ótimo motivador para complementar as aulas.
As idéias do MEC também podem ser utilizadas como argumento favorável a
implantação do computador na Educação Infantil, pois afirma que a escola
deve relacionar os diversos materiais disponíveis, como pode ser visto
no Parecer feito em 1998:
Ao reconhecer as crianças como seres íntegros, que aprendem a ser e
conviver consigo próprias, com os demais e o meio ambiente de maneira
articulada e gradual, as Propostas Pedagógicas das Instituições de
Educação Infantil devem buscar a interação entre as diversas áreas de
conhecimento e aspectos da vida cidadã, como conteúdos básicos para a
constituição de conhecimentos e valores. Desta maneira, os conhecimentos
sobre espaço, tempo, comunicação, expressão, a natureza e as pessoas
devem estar articulados com os cuidados e a educação para a saúde, a
sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, a cultura, as
linguagens, o trabalho, o lazer, a ciência e a tecnologia.
Como motivação para novos trabalhos que utilizem a idéia da informática
educativa, temos uma nova geração de crianças que desde cedo já possuem
contato com a informática, assim, acredita-se que a reformulação da
maneira de lecionar para educação infantil torna-se essencial para
garantir o interesse dos alunos em buscar o conhecimento.
Jogos e educação
Ver artigo principal: Jogo educativo
A utilização da informática na educação vem crescendo mais a cada ano
que passa, esta utilização tem permitido a criação de várias
experiências de aprendizagem entre elas os jogos.
Os jogos fazem parte de nossa vida desde os tempos mais remotos, estando
presentes não só na sua infância e, sim em todos os momentos. Os jogos
podem ser grandes aliados na educação, pois divertem, motivam, facilitam
a aprendizagem e aumentam a retenção do que foi ensinado exercitando as
funções mentais e intelectuais do jogador.
O jogo também ajuda a criança a reconhecer as regras, mostrando a elas
que os jogos são como a sociedade, onde há regras e leis. O jogo permite
que a criança participe de um mundo de faz de conta, enfrentando os
desafios e experimentando situações perigosas e proibidas no cotidiano.
Se o jogo ajuda no processo de aprendizagem ele é chamado de jogo
educacional, mas ainda há muitas discusões sobre os jogos educacionais,
Dempsey; Rasmussem; Luccassen (1996 apud. BOTELHO, 2004, p. 1), definem
que os jogos educacionais "se constituem por qualquer atividade de
formato instrucional ou de aprendizagem que envolva competição e que
seja regulada por regras e restrições."
Podemos dizer que os jogos educativos são as aplicações que possam ser
utilizadas com algum objetivo educacional. É importante ressaltar que o
jogo educacional precisa ser bem fundamentado e com principios
teórico-metodológicos. Por isso é preciso que os professores façam uma
análise cuidadosa e criteriosa dos materiais a serem utilizados, tendo
em vista o objeto que se quer alcançar.
Para o desenvolvimento de jogos educacionais é preciso pensar um tema a
ser proposto, quais os objetivos a serem alcançados e de que forma será
organizado este material. Precisa-se também escolher e produzir imagens,
além de selecionar mídias a serem utilizadas no projeto. depois de
fazer o planejamento, parte-se para o desenvolvimento do jogo. Isto é,
professores abriram as portas para ao uso de recursos que extrapolam a
visão tradicional e os métodos meramente discursivos no processo
ensino-aprendizagem.
Portanto, não devemos esperar que o computador traga uma solução mágica e
rápida para a educação, mas certamente, ele poderá ser utilizado pelo
professor como um importante instrumento pedagógico, oportunizando que o
aluno amplie o seu conhecimento e a sua criatividade, pois afinal
criatividade não se ensina, se constrói.
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